Abrasco divulga nota técnica sobre microcefalia e doenças relacionadas ao Aedes aegypti

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  • 11 de Fevereiro de 2016

nota tecnica abrascoOs Grupos Temáticos da Abrasco divulgaram, em 2 de fevereiro, Nota Técnica com reivindicações às autoridades para adoção de 13 medidas relacionadas ao controle vetorial e à proteção da população (leia nota na íntegra). “Para a Abrasco, a degradação das condições de vida nas cidades, saneamento básico inadequado, particularmente no que se refere à dificuldade de acesso contínuo a água, coleta de lixo precária, esgotamento sanitário, descuido com higiene de espaços públicos e particulares – são os principais responsáveis por pela infestação do aedes aegypti”.

Um principais tópicos da Nota Técnica é a crítica às estratégias adotadas pelo Ministério da Saúde de combate ao mosquito, “há mais de 40 anos, sem sucesso”. Os sanitaristas destacam a “essência do modelo de controle vetorial, haja vista a intensificação do uso de larvicidas e adulticidas para o Aedes aegypti, sendo que segundo as orientações adotadas pelo MS desde 2014, retrocede-se à orientação de utilização da técnica Ultra Baixo Volume (UBV)[3] com Malathion a 30% diluído em água, abrangendo  todo território nacional”.

Os pesquisadores da Abrasco são categóricos ao afirmar que a compra dessas substâncias (venenos) pela Saúde Pública brasileira interessa apenas aos seus produtores e comerciantes. “São insumos produzidos por um cartel de negócios muito lucrativo, que atua em todo o mundo”.

O trecho acima está de acordo com o escopo temático e doutrinário do Nethis, que pode ser acessado neste link e neste link, são publicações que discutem, por exemplo, o uso descontrolado de agrotóxicos e problematizam a atuação da indústria do tabaco. A saída defendida pelo Núcleo é a regulação estatal, em que o Estado é o principal defensor dos interesses da população e não das grandes indústrias multinacionais. Para o Nethis, é de responsabilidade do Estado adotar medidas que promovam o bem-estar coletivo e individual, controlar os diferentes fatores de risco para doenças, atuar no controle de toda a cadeia de produção, difusão e consumo de produtos nocivos à saúde.