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Alunos de diferentes campos de formação, como Relações Internacionais, Biologia, Medicina e Nutrição, acompanharam na quinta-feira, 8 de agosto, a aula inaugural da disciplina Desenvolvimento, Desigualdades e Cooperação Internacional em Saúde, na Escola Fiocruz de Governo, em Brasília.
O coordenador do Núcleo de Estudos sobre Bioética e Diplomacia em Saúde (Nethis/Fiocruz Brasília), José Paranaguá de Santana, provocou os presentes a refletirem a respeito da contradição existente entre o avanço científico e tecnológico alcançado pela humanidade e a crescente desigualdade que impede nações mais pobres de vivenciarem os benefícios do progresso.
“A redução da mortalidade e, por consequência, o aumento da longevidade, entendidos como indicadores de melhoria da qualidade de vida não alcançaram de maneira uniforme toda a população do mundo”, sustentou. Paranaguá explicou que no final do século XIX e início do século XX houve uma redução estável das grandes epidemias que assolavam a humanidade. Mas, embora tenha ocorrido progresso nos campos científico e tecnológico, as desigualdades em saúde têm persistido independente do grau de desenvolvimento alcançado na história da humanidade.
Marco conceitual – A cooperação internacional entre as nações como meio para a redução das desigualdades entre os povos é o marco conceitual para as atividades didáticas da disciplina. A cooperação entre países é um dos objetivos das Nações Unidas (ONU), organização internacional constituída para trabalhar em prol desenvolvimento mundial.
Saúde em Regiões de Fronteiras – “Como, então, esses conceitos de desenvolvimento, desigualdades e cooperação internacional se relacionam com o tema da disciplina para este semestre, saúde em regiões de fronteiras?”, perguntou o coordenador do Nethis. A proposta é encorajar os alunos a pensarem a respeito da diplomacia e da saúde como políticas nacionais que estão sujeitas à influência de contextos políticos e sociais, como, por exemplo, fenômenos de migração em massa.
De acordo com coordenador do Nethis, a agenda do Ciclo de Debates deste semestre (que integra a programação para a disciplina) problematizará experiências e perspectivas em torno desses fenômenos que podem intensificar as desigualdades entre as populações que vivem em torno de limites internacionais.