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Dos R$ 4 bilhões gastos pelo governo federal, entre 2014 e 2016, com cooperação internacional, 1.656 milhão refere-se à atuação da Fiocruz em países estrangeiros. Os destaques exitosos da Instituição são a Rede Global de Bancos de Leite Humano (rBLH), a designação do Centro de Relações Internacionais em Saúde (Cris/Fiocruz) como centro colaborador da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS) e a atuação da Fundação como ponto focal de outros quatro centros colaboradores da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Os dados estão na quarta edição do Relatório Cobradi – Cooperação Brasileira para o Desenvolvimento Internacional lançado, em 19 de dezembro, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O relatório traz as informações oficiais do governo na atuação dos órgãos da Administração Pública em cooperação internacional. O Ipea mapeou e detalhou os gastos e ações em áreas como saúde, ciência, tecnologia e inovação e meio ambiente.
PROJETOS EXITOSOS – O relatório destaca a Rede Global de Bancos de Leite Humano, projeto de cooperação internacional brasileiro realizado a partir da parceria entre a Fiocruz e a Agência Brasileira de Cooperação (ABC). A rBLH compartilha conhecimentos e tecnologias voltados para a segurança alimentar e nutricional de recém-nascidos e lactantes, promovendo a integração de países onde são desenvolvidas atividades de cooperação Sul-Sul, entre eles Angola, Cabo Verde, Moçambique, Argentina e Equador, por exemplo.
A designação do Cris/Fiocruz como centro colaborador da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS) nos temas saúde global e cooperação Sul-Sul também foi ressaltado no relatório. O estudo evidencia a atuação da Fiocruz como ponto focal de quatro centros colaboradores da OMS: leptospirose, saúde e ambiente, escola técnica em saúde e políticas farmacêuticas.
O relatório ainda traz a participação da Fundação como entidade assessora do Secretariado Executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), principal órgão executivo da CPLP.
GASTOS – Segundo o estudo, a Fiocruz gastou, no triênio, R$ 1.195 milhão com a atuação dos pesquisadores em missões estrangeiras destinadas a compartilhar conhecimento e experiências técnicas especializadas. O restante, R$ 461 mil, foi gasto em diárias e passagens dos respectivos pesquisadores.
Tipo de Gasto | 2014 | 2015 | 2016 | Total |
Diárias +Passagens (R$) | 263.520,00 | 139.360,00 | 58.440,00 | 461.320,00 |
Hora Técnica (R$) | 513.600,00 | 382.800,00 | 298.800,00 | 1.195.200,00 |
Total (R$) | 777.120,00 | 522.160,00 | 357.240,00 | 1.656.520,00 |
As informações do Cobradi 2014-2016 serão publicadas em 2019 no Ipeadata, base de dados macroeconômicos, financeiros e regionais do Brasil mantida pelo Ipea.
Confira aqui o relatório completo.