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Muitos produtores e consumidores ainda não sabem, mas o Sistema de Produção Integrada (PI-Brasil), desenvolvido pela Coordenação de Produção Integrada da Cadeia Agrícola do Departamento de Sistemas de Produção e Sustentabilidade da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (CPIA/DEPROS/SDC/Mapa) é um meio de produzir alimentos seguros para o consumo, com menor impacto ambiental, maior responsabilidade social e rastreabilidade garantida.
Atualmente, no Brasil, já são 18 frutas que possuem normas de PI publicadas – abacaxi, banana, caqui, caju, coco, limão, laranja, tangerina, figo, goiaba, maçã, mamão, manga, maracujá, melão, morango, pêssego e uva – que podem ser certificadas se o produtor seguir todas as etapas corretas do Sistema de Produção Integrada. A batata e o café também já podem ser certificados, após cursos de auditores e de responsáveis técnicos.
A produção integrada agropecuária é um processo de certificação, no qual o produtor rural deve seguir um conjunto de regras técnicas específicas, que serão auditadas nas propriedades rurais por certificadoras reconhecidas pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). Hoje, existem quatro certificadoras aptas no país.
Produtores de todos os portes podem se capacitar para o processo de certificação. Eles precisam apenas seguir as normas estabelecidas para cada produto e arcar com alguns custos em relação à empresa certificadora. Os benefícios são maior renda para o produtor rural, já que com a PI, a produtividade pode aumentar significativamente, maior qualidade dos alimentos, redução dos impactos ambientais, pois é possível diminuir o uso de agrotóxicos e ainda preservar a saúde tanto dos agricultores, quanto do consumidor final.
O selo “Brasil Agricultura de Qualidade” comprova que o produto tem origem conhecida pela rastreabilidade e que o alimento é seguro para o consumo. De acordo com a coordenadora de Produção Integrada da Cadeia Agrícola do Ministério da Agricultura, Rosilene Ferreira Souto, o desafio agora é fazer com que produtores e consumidores entendam a importância do Sistema de Produção Integrada e da certificação. “O consumidor precisa conhecer o produto certificado identificado através do selo. Já o produtor, muitas vezes, adere à produção integrada, mas não certifica o produto justamente por conta dos custos e da falta de reconhecimento por parte do consumidor. Mas assim que o consumidor passar a cobrar o selo de qualidade e a reconhecer, de fato, que os produtos com selo, produzidos de forma integrada, são melhores, teremos certamente um aumento nas certificações”, explicou.
Fonte: Ministério da Agricultura.