NETHIS acompanha evento que discute o papel internacional da vigilância sanitária

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  • 3 de junho de 2011

Painel foi promovido pela Anvisa e abordou assuntos como a Cooperação na área de Vigilância Sanitária e o Mercosul e políticas de Saúde do governo brasileiro

 

Na quinta-feira (2/6), a Anvisa promoveu painel sobre a política externa e a atuação internacional da Vigilância Sanitária. O evento reuniu representantes dos Ministérios da Saúde, de Relações Exteriores, da Fazenda e parlamentares na sede da Agência. “A regulação sanitária é percebida com uma atuação global”, disse Dirceu Barbano, Diretor Presidente da Anvisa. “Ela é também um motor de desenvolvimento, uma vez que amplia o mercado para as empresas”, completou.
Na mesa de abertura do painel participaram os diretores da Anvisa, Jaime César de Oliveira e Maria Cecília Brito Martins. O embaixador Hermano Teles Ribeiro, do Ministério das Relações Exteriores, apresentou os pontos prioritários para a política externa brasileira. “Buscamos promover a inserção soberana  do Brasil para contribuir para o  desenvolvimento do país com justiça social”, afirmou Ribeiro.

Hermano Ribeiro citou como estratégica a promoção da integração da América do Sul, o fortalecimento do multilateralismo para inverter a lógica atual de governança global e a diversificação de parcerias para reduzir as assimetrias entre os países. O embaixador fez referência a uma afirmação do ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota, lembrando que o Brasil pode contribuir para o fortalecimento dos mecanismos multilaterais por meio de uma inserção cooperativa, a “multilaridade benigna”.

As questões que envolvem o Mercosul e as políticas de Saúde do governo brasileiro foram abordadas pela coordenadora de Integração Regional do Ministério da Saúde, Maria Alice Fortunato, e pelo o assessor internacional do Ministério, embaixador Eduardo Barbosa. Maria Alice Fortunato e Eduardo Barbosa falaram sobre a cooperação na área de Vigilância Sanitária e seu importante papel no suporte às políticas estratégicas do Ministério da Saúde, no fortalecimento das áreas de biotecnológicos e nas transferências de tecnologia com outros países.

Para o assessor de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, Carlos Cozendey, o comércio e a saúde são temas de importância crescente, tanto na vida das pessoas como no cenário internacional. “Temos que ter preocupação com as importações brasileiras e com o grau de sanidade exemplar nos produtos que entram no país devido ao impacto na saúde da população”, afirmou Carlos Cozendey. “Mas uma agência sanitária deve ter a preocupação de que nossas exportações tenham essa mesma qualidade e não sofram barreiras na entrada em outros países”, completou.

O painel também teve a participação do Deputado Federal Dr. Rosinha (PT-PR) que afirmou que a padronização internacional não é neutra e que não participar desta discussão, e da produção desses padrões, representa aceitar os ditames colocados pelas grandes empresas, representadas por seus países, cujo resultado pode ser muito negativo para o Brasil.