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O médico José Roberto Ferreira, cofundador e coordenador adjunto do Centro de Relações Internacionais em Saúde (Cris/Fiocruz), morreu na quarta-feira (25/12). O velório será realizado a partir das 9h do próximo sábado (28/12), no Cemitério São João Batista e o sepultamento, às 11h.
Em depoimento, José Paranaguá de Santana, coordenador do Núcleo de Estudos sobre Bioética e Diplomacia em Saúde (Nethis/Fiocruz), homenageia o legado pessoal e profissional do amigo.
“José Roberto Ferreira foi um mestre de minha geração de sanitaristas, especialmente daqueles que se dedicaram ao campo das políticas de formação e de trabalho das profissões de saúde. Ele tinha uma dedicação especial pela educação médica, sendo protagonista de todos os movimentos de reforma desta área desde os anos 60, tanto no Brasil como em toda a América Latina. Ocupou cargos e funções de destaque em universidades brasileiras (na Universidade Federal do Rio de Janeiro e na Universidade de Brasília). A partir de 1970, coordenou o programa regional de cooperação técnica em desenvolvimento de recursos humanos da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS), em Washington/EUA.
Recordo a convivência feliz e fraterna com este mestre com quem compartilhei ideias e ideais, projetos e atividades institucionais desde que ingressei no quadro de consultores da Opas, em Brasília, em 1978. Nos últimos tempos, a vida nos aproximou mais ainda, quando desenvolvemos um projeto inovador de cooperação técnica internacional, envolvendo o Ministério da Saúde, a Fiocruz e a Opas. Dentre tantas atividades desse projeto, a criação do Nethis, na Fiocruz Brasília, contou com o apoio sistemático e decisivo de José Roberto. Seu pronto retorno às consultas, inclusive revisão de textos e projetos, foi estímulo decisivo para a equipe do Nethis, em todas as iniciativas levadas a cabo desde sua implantação, em 2010.
Seu protagonismo na reorientação da cooperação internacional desenvolvido pela Fiocruz, ao retornar ao Brasil, em 1996, após retirar-se da Opas, foi saudado por Paulo Buss, em nota divulgada pela Fiocruz.
Zé, como era tratado carinhosamente pelos amigos, deixou sua marca em nossas memórias e nossos corações.”
Confira aqui a nota divulgada pela Agência Fiocruz de Notícias.