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A Fiocruz foi redesignada Centro Colaborador da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas/OMS) em Saúde Pública e Ambiente por mais quatro anos. Em fevereiro de 2014, após alinhamentos com o organismo internacional, a Fundação teve o seu Plano de Trabalho aprovado e continuará até 2018 a parceria iniciada em 2010, quando foi inaugurada uma nova modalidade de centro colaborador. Até então, todos os centros colaboradores – inclusive quatro dentro da própria Fiocruz – atuavam numa área específica e delimitada de conhecimento. Como Centro Colaborador em Saúde Pública e Ambiente, a Fiocruz disponibiliza à Opas/OMS, de maneira mais ampla, toda a sua expertise e excelência técnica-científica no campo de saúde e ambiente.
A proposta de redesignação envolve oito compromissos: o trabalho em conjunto para alcançar os objetivos do Programa de Trabalho da Opas/OMS até 2019, especialmente nos temas ligados ao ambiente e à saúde pública; o apoio da Fiocruz à OMS na promoção e no desenvolvimento de metodologias para questões emergentes ligadas à saúde ambiental; a promoção de sistemas integrados e abordagens transdisciplinares para a temática; o desenvolvimento conjunto de diretrizes, ferramentas e relatórios relacionados aos determinantes sociais e ambientais da saúde; a disseminação de informação, a organização de estratégias de comunicação social e a preparação de cursos e materiais destinados ao aperfeiçoamento da saúde pública e ambiental; a assistência técnica à Opas/OMS, colaborando com a rede de Centros Colaboradores nas Américas; o desenvolvimento de técnicas analíticas laboratoriais, diagnósticos e metodologias específicas; e a assistência técnica a Opas/OMS em Sistemas de Informação Geográfica e outras tecnologias informacionais para o monitoramento e a vigilância de dados relativos ao ambiente, ao clima e à saúde pública.
Após uma reformulação conceitual e metodológica, a Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde (VPAAPS} da Fiocruz definiu em 2013 cinco linhas de atuação prioritárias na área de saúde e ambiente: saneamento, biodiversidade, impacto de grandes empreendimentos, mudança do clima e saúde do trabalhador. No processo de redesignação da Fiocruz como Centro Colaborador em Saúde Pública e Ambiente, foram considerados os avanços da Fundação na área nos últimos três anos, as suas novas prioridades institucionais e os objetivos estratégicos definidos pela Opas/OMS. Os membros da Câmara Técnica de Saúde e Ambiente da Fiocruz participaram do processo apresentando propostas de continuidade de ações e de inovações dentro das linhas definidas.
Diversas unidades da Fiocruz estão envolvidas mais diretamente nas atividades do plano de trabalho do Centro Colaborador para o quadriênio 2014-2018: a Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (Ensp) e especificamente o seu Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (Cesteh); o Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict); a Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV); o Instituto Oswaldo Cruz (IOC) e o Centro de Pesquisa René Rachou (CPQRR). É importante destacar que todas as unidades da Fiocruz poderão colaborar com o plano de trabalho estabelecido. Os recursos para o desenvolvimento das atividades advirão majoritariamente do orçamento próprio da Fiocruz, acrescidos, em alguns casos, de recursos de organismos internacionais do Sistema ONU. O desenvolvimento das atividades será monitorado pela Câmara Técnica de Saúde e Ambiente, e cabe à VPAAPS o envio regular de relatórios à Opas/OMS.
As atividades do Centro Colaborador de Saúde Pública e Ambiente previstas para o período de 2014 a 2015 guardam relação com o VII Congresso Interno da Fiocruz, que traçará as diretrizes institucionais para o período 2015-2018. O congresso ocorre a cada quatro anos e o documento-base que está sendo preparado traz como um de seus eixos estratégicos as relações entre saúde, ambiente e sustentabilidade. De acordo com o vice-presidente de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde, Valcler Rangel Fernandes, a redesignação do Centro Colaborador, como uma das metas definidas no plano quadrienal da instituição, certamente contribui com a consolidação da estratégia de aprofundar cada vez mais a participação da Fiocruz no debate sobre as relações entre desenvolvimento, sustentabilidade e saúde.
“Com a sua redesignação como Centro Colaborador da Opas/OMS, a Fiocruz amplia as possibilidades de agir de forma parceira com outras instituições no Brasil e no mundo, atingindo um novo patamar na produção de conhecimento e busca de soluções na interface entre saúde e ambiente, bem como na implementação da agenda global definida na Rio+20 e materializada na construção dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável”, celebra Valcler Rangel.
Fonte: Agência Fiocruz de Notícias.