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Por Valéria Vasconcelos Padrão (Ascom/Fiocruz Brasília)
Uma conversa sobre os dilemas do SUS, assim o professor José Mendes Ribeiro da ENSP resumiu a proposta de sua aula magna que abriu o semestre letivo do Mestrado Profissional em Políticas Públicas em Saúde, da Escola Fiocruz de Governo (EFG) localizada na Fiocruz Brasília. Ao falar sobre gastos/financiamentos em saúde – observando uma série histórica de 1995 a 2013 – defendeu ter chegado o momento de olhar e enfrentar os problemas, as dificuldades do SUS para dar um salto maior.
Mendes Ribeiro é doutor em Saúde Pública e professor da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca. Ele tratou de três vertentes dos gastos em saúde – o governamental, o desembolso direto ou gasto das famílias e o com planos de saúde. O gasto público, englobando União, estados e municípios, apesar de ter ampliado não trouxe uma política pública equitativa. O desembolso direto atinge majoritariamente as populações mais pobres e quase 50% desse gasto é com medicamentos. Já as corporações de planos de saúde defendem reduzir a regulação e não propõem expansão, melhoria de cobertura.
Na abertura da aula, o diretor da Fiocruz Brasília, Gerson Penna, relembrou o processo de construção da Escola a partir de um núcleo de ensino e a consolidação com a autorização do Mestrado Profissional. Mendes Ribeiro destacou a importância da integração e parceria da EFG com a ENSP em diversos cursos.