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Nesta sexta-feira (30), será lançado na Fiocruz um documento que promete chamar a atenção da comunidade internacional sobre os efeitos da governança global sobre a saúde humana. Intitulado As origens políticas da iniquidade em saúde: perspectivas de mudança, o relatório aponta que os chamados determinantes políticos da saúde, tais como as políticas implantadas após a crise econômica global, a ação de corporações transnacionais de medicamentos e alimentos e as regras do comércio internacional e da propriedade intelectual, são os principais fatores que afetam a saúde da populaçãode países em desenvolvimento, ou econômica e politicamente frágeis.
Publicado na revista científica The Lancet, o documento indica cinco disfunções do sistema de governança global que colaboram para que os efeitos adversos dos determinantes políticos globais da saúde permaneçam, e também propõe possíveis soluções. Leia o artigo aqui.
O relatório foi elaborado pela Comissão Lancet-Universidade de Oslo sobre Governança Global para a Saúde, criada em 2011, na Noruega. O grupo defende um conceito horizontal e ampliado de uma agenda global para a saúde. Este conceito atenta que setores como economia, trabalho, educação, transporte e mobilidade, meio ambiente e propriedade intelectual exercem influências importantes sobre a qualidade de vida das populações e dos sistemas de saúde, sendo, portanto, determinantes e influenciadores de aspectos de vidas mais, ou menos, saudáveis.
O grupo é presidido pelo reitor da Universidade de Oslo, Ole Petter Ottersen – que estará na Fiocruz para o evento -, sendo formado por pesquisadores e formuladores de políticas de diversos países – o Brasil e a América do Sul são representados pelo coordenador do Centro de Relações Internacionais em Saúde (Cris/Fiocruz), Paulo Buss.
O evento também vai contar com a palestra da diretora do Programa de Saúde Global, do Graduate Institute of International and Development Studies (Instituto de Pós-Graduação de Estudos Internacionais e Desenvolvimento), Ilona Kickbusch, que, na ocasião, vai falar sobre os desafios da saúde global e diplomacia da saúde.
Reconhecida internacionalmente por sua contribuição à promoção da saúde e saúde global, Ilona é PhD em Ciência Política, integra o quadro executivo da Fundação Careum – uma das instituições líderes em promoção da educação em cuidados da saúde no mundo – e é também professora de diversas instituições acadêmicas na Suíça. Ilona liderou o Programa de Promoção da Saúde Global, da Organização Mundial da Saúde (OMS), e foi presidente do Global Health Europe, plataforma que busca unir os campos de saúde pública, política internacional, desenvolvimento e pesquisa em saúde.
Serviço Dia 30/05 (sexta-feira)
– Saúde global e diplomacia da saúde: Desafios para o século XXI.
Por Ilona Kickbush, diretora do Programa de Saúde Global do Graduate Institute of International and Development Studies, Genebra.
Horário: 10h:30
Local: Tenda da Ciência
– Lançamento do documento As origens políticas da iniquidade em saúde: perspectivas de mudança.
Por Comissão Lancet – Universidade de Oslo sobre Governança Global para a Saúde.
Horário: 11h:30
Local: Tenda da Ciência