Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors
Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

Dia do agente comunitário de saúde é comemorado em 4 de outubro

Notícia publicada em:

  • 2 de outubro de 2020
A data é uma homenagem aos profissionais que desenvolvem ações preventivas a doenças e favorecem a transformação da qualidade de vida das famílias

Foto: Dênio Simões/Agência Brasília

“Pude constatar como a epidemia foi muito mais rude com as populações mais pobres”, conta o médico Antônio Carlile no livro Os Sanitaristas de Jucá e o Agente de Saúde, uma obra que registra depoimentos de Carlile e da assistente social Miria Campos Lavor, dois profissionais comprometidos com a saúde pública no Brasíl. Ainda que referente à epidemia de meningite que assolou o país em meados da década de 70, a declaração do médico pode soar bastante semelhante aos atuais desafios impostos pela pandemia de Convid-19 no Brasil. No Dia do Agente Comunitário de Saúde, o livro se caracteriza como um meio de agradecimento a esses profissionais da atenção básica à saúde.

Em formato de entrevista, o livro Os Sanitaristas de Jucá e o Agente de Saúde convida o leitor a uma jornada que propõe uma reflexão acerca do modo de construir políticas públicas de saúde. Os relatos de Carlile podem ser compreendidos como uma trilogia: a construção de um novo ator em saúde pública no Ceará, o agente de saúde; a consultoria internacional, em conjunto com o Ministério da Saúde de Angola, em um município da capital desse país; e a implementação de uma nova unidade de ensino e pesquisa em saúde pública, a Fiocruz Ceará.

Agentes de saúde no Ceará: o começo

Foi no início da década de 70, que surgiu a idealização desse nova figura na estrutura da saúde pública cearense. À época, Carlile atuou nas cidades de Sobradinho e de Planaltina, no Distrito Federal (DF). Em Sobradinho, ele pode identificar as pessoas que adoeciam em decorrência da meningite e investigar qual a procedência do contágio. De acordo com o médico, era possível relacionar claramente os grupos sociais do DF segundo a região em que residiam. Foi aí, que Carlile constatou o impacto da epidemia de meningite sobre os mais pobres.

Em Planaltina, o médico consolidou o entendimento a respeito da atuação dos agentes comunitários de saúde no auxílio da resolução de problemas sociais e a relação entre os problemas sociais e as doenças, de forma mais sistematizada e científica. De Planaltina, no Distrito Federal, para Jucás, no Ceará, Carlile levou os conhecimentos adquiridos e construiu a figura do agente de saúde no estado cearense, que, em seguida, foi levada ao resto do país.

Quer entender um pouco mais sobre a trajetória de idealização desse novo ator das equipes de saúde? Leia aqui o livro Os Sanitaristas de Jucá e o Agente de Saúde.