Notícia publicada em:
A obesidade tomou-se um peso de US$ 2 trilhões para a economia global (ou 2,8% do PIB mundial), que ainda luta para se recobrar da crise financeira de 2008. 0 custo dessa praga representa praticamente o mesmo do fumo ou das guerras e o terrorismo no mundo, e significa mais do que o mal do alcoolismo e das mudanças climáticas, revelou uma pesquisa do Instituto McKinsey Global, divulgada na quinta-feira.
Cerca de 2,1 bilhões de pessoas – ou seja, quase 30% da população global – estão acima do peso ou obesos. Esse contingente representa 2,5 vezes os subnutridos no mundo. “E o problema está piorando rapidamente. Se a taxa de crescimento da obesidade continuar no ritmo atual, quase metade da população mundial adulta estará acima do peso ou obesa até 2030”, adverte o relatório.
A obesidade provoca 5% das mortes em todo o mundo. Na esfera econômica, a obesidade é responsável por 2% a 7% dos gastos com saúde em países desenvolvidos. Mas se forem computadas doenças indiretamente relacionadas à obesidade, como o diabetes, por exemplo, esse custo pode chegar a 20% do total dos gastos com saúde no mundo.
O número de pessoas com diabetes tende a aumentar “mais dramaticamente” em economias com crescimento forte. “A ocorrência da obesidade ainda é alta em economias desenvolvidas e agora, com os países emergentes se tornando mais ricos, eles também experimentam um aumento nos índices de obesidade”, diz o relatório. O estudo aponta ainda que há evidência de que a produtividade dos trabalhadores está sendo minada pela obesidade, “comprometendo a competitividade das empresas”.
O custo de US$ 2 trilhões da obesidade (em 2012) é quase equivalente ao das guerras e ao do fumo, com US$ 2,1 trilhão cada. Mas a obesidade custa bem mais do que o alcoolismo (US$1.4 trilhão), o analfabetismo (US$ 1.3 trilhão) e as mudanças climáticas (US$ 1 trilhão), ressalta o relatório.
Na quinta-feira, uma campanha mundial para combater a obesidade e de conscientização para uma nutrição mais saudável e sustentável foi lançada pelas agências das Nações Unidas especializadas em alimentação, agricultura (FAO) e saúde (OMS).
Fonte: Brasil Econômico.