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No dia 26 de maio, o Núcleo de Estudos sobre Bioética e Diplomacia em Saúde – NETHIS realizou mais uma edição do Ciclo de Debates sobre Bioética, Diplomacia e Saúde Pública. A edição de maio teve como debate a Cooperação Sul-Sul em saúde vis-à-vis os processos de integração regional. Para ordenar a mesa do debate, o evento contou com a participação da Coordenadora do SGT11/MERCOSUL/Brasil, Dra. Maria Alice Fortunato Barbosa.
O debate teve como palestrante o ex-ministro da saúde da Argentina, Dr. Rodolfo Rodriguez, que durante sua apresentação falou sobre o MERCOSUL, explicou a importância da saúde nos processos de integração regional, fez uma análise do contexto da saúde de antes e a saúde atual dentro da Cooperação Internacional e falou da importância de educação e saúde ‘andarem sempre lado a lado’. “A saúde não era entendida como ferramenta dos recursos humanos, até que houve uma significativa melhora e passou a ser vista como componente essencial e como um pilar para a cidadania, sendo que a Fiocruz teve um papel essencial na criação desse novo cenário”, disse Rodriguez.
Para debater o tema, o evento teve como convidado o Diretor do Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares da Universidade de Brasília (Ceam/UnB), Ricardo Caldas, que trouxe grandes contribuições para o debate. Durante sua exposição, Caldas foi convergente com Dr. Rodolfo Rodriguez, contudo levantou questionamentos para que a platéia refletisse. “Já pararam para pensar que a saúde, assim como a educação, ainda não são prioridades e disputam espaço com outras questões, como a bélica? A área da saúde tem sofrido com as novas tecnologias? Como colocar educação e saúde na agenda central dos países?”, indagou Caldas.
A próxima edição do Ciclo de Debates sobre Bioética, Diplomacia e Saúde Pública acontecerá no dia 30 de junho, no auditório do Bloco Educacional da Fiocruz Brasília das 9h às 12h com o tema “Bioética e religião no Hemisfério Sul”. Com o propósito de não repetir os erros e vícios do modelo vigente de cooperação para o desenvolvimento, parte-se da necessidade de evitar qualquer imposição de valores morais ou visões de mundo entre os Estados envolvidos, e é nesta perspectiva que o debate sobre Bioética e Religião no Hemisfério Sul será realizado.