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A discussão sobre desigualdades, desenvolvimento e cooperação foi apresentada na aula introdutória da disciplina “Cooperação Internacional para o Desenvolvimento: especificidades da área da saúde”, ministrada pelo Nethis no Mestrado Profissional em Políticas Públicas em Saúde da Escola Fiocruz de Governo. A aula, conduzida pelo coordenador do Núcleo, José Paranaguá de Santana, abordou o histórico da criação da Organização Mundial da Saúde (OMS), destacou os principais pontos da Carta das Nações Unidas e outros marcos que moldam a cooperação internacional, especialmente na área da saúde.
Acesse a apresentação neste link.
Após a análise histórica, Paranaguá fez uma breve apresentação sobre os atores envolvidos em cooperação internacional em saúde e problematizou a correlação entre os conceitos: desigualdade, desenvolvimento e cooperação. “O desenvolvimento científico e tecnológico e a inovação influenciam as desigualdades entre os países, em termos das condições de saúde e bem-estar. Essas desigualdades poderiam ser minoradas com a cooperação internacional?” Uma das alternativas, sugere Paranaguá, é o fortalecimento das relações Sul-Sul, um redesenho das Nações Unidas e uma nova conceituação para cooperação internacional para o desenvolvimento. Além disso, fortalecer o Estado, como agente regulador, como representante legítimo dos interesses de sua população no sentido de protegê-la, por exemplo, da atuação das multinacionais que afetam diretamente a saúde humana, como a indústria do tabaco, de alimentos ultraprocessados e álcool.
CICLO DE DEBATES – Após a explicação, a turma foi dividida em dois grupos para desenvolver trabalhos sobre “Saúde na agenda 2030” e “Cooperação Internacional, Desenvolvimento e Regulação em Saúde”, com apresentação marcada para 30 de junho. Esses e outros temas serão apresentados nas sessões do Ciclo de Debates sobre Bioética, Diplomacia e Saúde Pública no primeiro semestre de 2016.