Capacidade multidisciplinar dos sistemas de saúde é insuficiente para uso da inteligência artificial

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  • 13 de setembro de 2021
Os impactos para os sistemas de saúde com a implementação de ferramentas de inteligência artificial serão abordados pela pesquisadora Cécile Petitgand na próxima sessão do Ciclo de Debates, que ocorre em 23 de setembro, às 14h

São multidimensionais os impactos decorrentes da implementação da inteligência artificial nos sistemas de saúde. Dilemas de base jurídica, tecnológica ou mesmo humana deverão ser enfrentados a partir do uso dessas ferramentas de decisão automatizada. “E esse é um dos maiores desafios para os sistemas de saúde: a falta de competências multidisciplinares”, afirma a pesquisadora do Hospital da Universidade de Montreal (CRCHUM) Cécile Petitgand.

Petitgand, que é coordenadora da iniciativa “Acesso aos Dados” do Ministério da Saúde e Serviços Sociais de Quebec no Canadá, será uma das palestrantes da segunda sessão do XI Ciclo de Debates: Inteligência Artificial e Desigualdades em Saúde. Também participará da sessão o pesquisador da Fiocruz Bahia Maurício Barreto, coordenador do Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs). O pesquisador da Universidade de São Paulo (USP) Fernando Aith, diretor do Centro de Estudos e Pesquisas de Direito Sanitário (Cepedisa) da Faculdade de Saúde Pública da USP, fará a coordenação do debate.

A sessão será transmitida ao vivo no canal do Nethis no YouTube na quinta-feira, 23 de setembro, às 14h. As inscrições são gratuitas e os participantes receberão certificado da Escola de Governo Fiocruz de Brasília.

Participe!

Mudança de práticas

Petitgand explica que a formação contínua dos profissionais de saúde para o uso das tecnologias digitais e dos algoritmos é um problema central. A transformação das práticas poderá implicar, de acordo com ela, em conhecimentos técnicos sobre processamento de dados e cibersegurança, por exemplo, e alcançará todos os profissionais, desde auxiliares até enfermeiros e médicos.

Como liberar tempo mental e físico para as pessoas se formarem em novas práticas associadas à transformação digital e à inteligência artificial? Não há país no mundo que tenha a solução para bem formar os profissionais e para fazer com que eles se adaptem ao contexto real de uso desses sistemas tecnológicos” – Cécile Petitgand, pesquisadora do Hospital da Universidade de Montreal.

Ciclo de Debates

O XI Ciclo de Debates sobre Bioética, Diplomacia e Saúde Pública é promovido pelo Núcleo de Estudos em Bioética e Diplomacia em Saúde (Nethis/Fiocruz Brasília). A concepção das atividades deste semestre é uma iniciativa compartilhada entre o Nethis/Fiocruz Brasília e Centro de Estudos e Pesquisas de Direito Sanitário (Cepedisa) da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP/USP).

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