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Pe. Márcio Fabri e Dr. Wanderson Flor fazem reflexões sobre as duas instâncias que se preocupariam “em salvar” o mundo: Bioética e Religião.
“Como se dá a relação fé e ciência?” Foi assim que Dr. Pe. Márcio Fabri, palestrante convidado, deu inicio à 5ª edição do Ciclo de Debates sobre Bioética e Diplomacia em Saúde. Sob o tema “Bioética e Religião no Hemisfério Sul”, o debate na manhã do dia 30 de junho reuniu teólogos, filósofos, estudantes, profissionais e especialistas da Saúde para refletir sobre o tema e entender um possível diálogo entre a religião e a bioética no cenário do Hemisfério Sul.
Segundo o sacerdote católico, a interface da Bioética com a Religião é um tema amplo “Essa relação encontra-se em um clima de transformações socioculturais. A Bioética ganhou visibilidade quando a religião deixou de ser o eixo que explica tudo na sociedade; a Bioética é laica, mas não dá para ignorar a religião, pois as pessoas são religiosas”, disse. Assim, Fabri trouxe para o debate questões como “a Bioética laica pode dialogar com a Religião?”, “as religiões podem contribuir com a Bioética moderna?”, “razão e a fé não seriam entre si dois estranhos epistemológicos morais?”.
Para debater o tema, o convidado Dr. Wanderson Flor, professor do Departamento de Filosofia e do Programa de Pós-graduação em Bioética da Universidade de Brasília (UnB), explicou brevemente como se dá a estruturação do Candomblé na perspectiva da Bioética. O Coordenador da Cátedra UNESCO de Bioética, Dr. Volnei Garrafa, presidiu a mesa e enriqueceu o debate.
A próxima edição do Ciclo de Debates sobre Bioética e Diplomacia em Saúde terá como tema “Ciência e Poder: Gestão do Conhecimento em Bioética, Diplomacia e Saúde”. Aberta ao público, a 6ª edição acontecerá no dia 28 de julho, no auditório do Bloco Educacional da FIOCRUZ. Terá como palestrante Sra. Ilma Noronha, Professora do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica (ICICT/Fiocruz), como debatedor Sr. Pedro Urra, Diretor da BIREME/OPAS/OMS e como coordenador de mesa, Sr. Emir Suadein, Coordenador do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT).