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O seminário inaugural do Ciclo de Debates, em 31 de março, abordará a correlação entre pestes, desenvolvimento e desigualdades, com o intuito de estimular a reflexão sobre a importância da participação social para o enfrentamento de emergências sanitárias no contexto internacional.
As pestes são eventos dramáticos que afetam a vida de todos, acentuadamente dos grupos populacionais já vulnerados pelas desigualdades sociais e econômicas a que estão submetidos. As pandemias infecciosas são exemplos gritantes, pois agregam às dificuldades já vivenciadas, mais carga de sofrimento, adoecimentos e mortes.
Ante esse quadro, é imperioso questionar muitas das interpretações vigentes a respeito da natureza e das implicações desses acontecimentos indesejáveis, no sentido de uma apreciação integrada de seus múltiplos aspectos.
A Covid-19 contribuiu para agravar as desigualdades, em especial quanto ao acesso às tecnologias disponíveis frente essa emergência sanitária. Populações mais vulneradas em diversas partes do mundo ainda carecem de vacinas, medicamentos e atenção médico-hospitalar. A proteção social do Estado se tornou ainda mais frágil ou persiste ausente na maioria dos países. Por outro lado, entidades não governamentais e grupos comunitários se mobilizaram espontaneamente em muitas cidades, em prol da vida e na recuperação da saúde dessas populações.
Em suma, as correlações entre pandemia e aprofundamento das desigualdades sociais demonstram a importância da revisão de políticas públicas e conceitos científicos em vista da construção do futuro da humanidade.
NETHIS - Núcleo de Estudos sobre Bioética e Diplomacia em Saúde
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