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O progresso no desenvolvimento do acervo e a categorização dos documentos disponibilizados na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) Bioética e Diplomacia em Saúde, criada e gerenciada pelo Núcleo de Estudos sobre Bioética e Diplomacia em Saúde (Nethis/Fiocruz), foram os principais avanços destacados na terceira reunião do Comitê Consultivo da BVS, realizada nesta segunda-feira, 12 de novembro, na Fiocruz Brasília.
“A sistemática de categorização dos documentos disponibilizados na BVS Bioética e Diplomacia em Saúde é um exemplo bem-sucedido de aplicação do modelo estabelecido pelo Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde, mais conhecido como Bireme”, declarou a bibliotecária da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS) Juliana Sousa, responsável pelo monitoramento de instâncias e projetos da Rede de Bibliotecas Virtuais em Saúde.
Elaborada pelo Nethis, a categorização das referências bibliográficas consiste em um processo de seleção e identificação de documentos que envolve diferentes atores: o Comitê Técnico da BVS Bioética e Diplomacia em Saúde, a bibliotecária do Núcleo de Estudos e especialistas nos campos da bioética, saúde pública e relações internacionais.
Os três membros do Comitê Técnico, oriundos da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) e da Universidade de São Paulo (USP), realizam a categorização dos documentos de forma isolada e sem interferência dos demais. É necessário que pelo menos dois dos três integrantes do Comitê Técnico tenham selecionado um documento como apropriado. Todo o método de categorização garante aos usuários referências bibliográficas confiáveis e de qualidade. “A preocupação que o Nethis tem de realizar a categorização de forma tão criteriosa reflete na qualidade do acervo. Não é qualquer documento que entra na base de dados, mas exatamente aqueles que tratam da confluência entre relações internacionais, bioética e saúde pública”, afirmou Juliana Sousa.
Para o coordenador do Nethis, José Paranaguá Santana, a composição diversificada do Comitê Técnico pretende garantir a sustentabilidade da BVS Bioética e Diplomacia em Saúde. “A descentralização do processo de categorização incorpora diferentes atores da produção científica, criando uma rede de colaborares capaz de manter uma base de dados diversa e contínua”.
Outro ponto de destaque foi o progresso no desenvolvimento do acervo da BVS Nethis. De acordo com a bibliotecária do Nethis, Larissa Cedro, entre setembro e novembro de 2018, foram categorizados 225 novos documentos pelo Comitê Técnico. “A previsão é que outros 225 documentos sejam categorizados até fevereiro de 2019”. Apesar do crescimento do acervo, a preocupação do Núcleo de Estudos não é somente com a quantidade de documentos disponíveis, mas sim com a qualidade do acervo. “Com tanta informação disponível atualmente, torna-se mais eficaz acessar uma base de dados confiável que ofereça um acervo de documentos que represente seguramente o campo científico estudado”, argumentou.