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O 11º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva, Abrascão 2015, já está com inscrições abertas para o curso Cooperação Internacional em Saúde: A Estratégia do Círculo de Fogo, coordenado pelo Núcleo de Estudos sobre Bioética e Diplomacia em Saúde (Nethis/Fiocruz Brasília), como parte das atividades pré-congresso, dia 28 de julho, na Universidade Federal de Goiás, em Goiânia. Faça a sua inscrição e confira mais detalhes no link.
O curso será ministrado em quatro módulos, divididos em: 1) Desenvolvimento e desigualdades no contexto das relações internacionais; 2) A evolução da cooperação internacional em saúde no pós-Segunda Guerra Mundial; 3) Atores, políticas e estratégias da agenda das relações internacionais no pós-2015; e 4) A cooperação internacional entre países em perspectiva bioética: a estratégia do “círculo de fogo”.
Quatro especialistas conduzirão os módulos: Julio Suarez (Opas/OMS), com o primeiro módulo, Fernando Pires-Alves (COC/Fiocruz), com o módulo 2, Eduardo Levcovitz (Opas/Uruguai), com o módulo 3, e José Paranaguá de Santana (Nethis/Fiocruz), com o módulo de encerramento.
Logo após as exposições, haverá debate com os participantes. O curso será realizado das 9h às 16h, na sala Aroeira – 203 – A18.
O objetivo do curso é propiciar uma análise crítica das condições de saúde no mundo diante das políticas e práticas de desenvolvimento e cooperação entre países. O coordenador do curso e do Nethis, José Paranaguá de Santana, explica que duas questões representam o ponto de partida: Como o desenvolvimento científico e tecnológico e a inovação influenciam as desigualdades entre os países, em termos das condições de saúde e bem estar? e se tais desigualdades podem ser minoradas com a cooperação internacional?
“O poder econômico, científico e tecnológico é uma arena de disputa entre países, que envolve grandes empresas privadas de medicamentos, alimentos e outros produtos de uso humano. As diferentes capacidades dos países nesses campos estão associadas às desigualdades entre eles e simultaneamente constituem justificativas para a cooperação internacional”, afirma Paranaguá.
Serão discutidos ainda os antecedentes históricos dessa situação entre o pós-Segunda Guerra Mundial e os dias atuais e pontuar a responsabilidade dos Estados na regulação dos processos desenvolvimento associados com as desigualdades em saúde no contexto internacional. O pressuposto adotado é que o Estado deve atuar como legítimo representante dos interesses da sociedade no controle da produção, difusão e consumo de produtos e serviços, tanto os que são indispensáveis para enfrentar doenças, como aqueles nocivos à saúde e ao bem-estar das pessoas e coletividades – medicamentos, imunobiológicos, alimentos, bebidas, tabaco, agrotóxicos, entre outros.