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Discutida a partir dos Planos Nacionais de Saúde e das Estratégias, a análise do aluno constata lacunas na estruturação com relação à atuação do MS na área internacional. Sendo a finalidade um dos aspectos consensuais entre a maioria dos estudiosos sobre competência, destaca-se que os planos apresentam pontos de limitações para o desenvolvimento de competências profissionais para aqueles que atuam com o tema da saúde global e diplomacia da saúde.
Duas vertentes são apresentadas pelo aluno: recursos materiais e recursos cognitivos. Quanto aos recursos materiais traça-se o perfil histórico dos órgãos responsáveis pelos temas de saúde global, e analisam-se suas estruturas organizacionais, financiamento, e inter-relações com outros órgãos, delineando-se o campo de ação do profissional que atua na área internacional da saúde. Quanto aos recursos cognitivos, infere-se, a partir dos dados apresentados, quais as áreas de conhecimento necessárias para o desenvolvimento de competências do profissional que atua na área internacional da saúde.
A pesquisa apresenta a evolução do tema da força de trabalho em saúde (FTS) a partir do envolvimento dos organismos internacionais com o tema, sobretudo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). Em seguida, após análise das definições do que seja FTS, propõe uma perspectiva de inserção desse profissional nesse escopo.
Gaudêncio explica que fóruns internacionais de saúde, fóruns em que a saúde é tema ou nos quais as decisões podem afetar diretamente a saúde, e também no âmbito das associações regionais de blocos de países, e cooperação bilateral e triangular são contextos de ação cuja discussão é precedida pelo caráter histórico da participação do Brasil nas discussões sobre o tema saúde global desde as primeiras conferências internacionais de saúde.
Sérgio Alexandre Gaudêncio é técnico especializado em Relações Internacionais do Ministério da Saúde desde 2011, especialização em Saúde Internacional e Diplomacia pela ENSP (2009), e em Políticas Públicas e Gestão Estratégica da Saúde, também pela ENSP (2006). Sua dissertação, intitulada Contextos para definição de competências profissionais aos que atuam na área internacional da saúde foi defendida em 26/8, na Fiocruz Brasília.