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A Fiocruz lamenta profundamente a morte das 298 pessoas que estavam no avião que caiu na Ucrânia, nesta quinta-feira (17/7). Dos passageiros, 108 eram pesquisadores, ativistas e membros de ONGs que participariam da 20ª Conferência Mundial de Aids, em Melbourne, na Austrália, neste fim de semana. Suspeita-se que o avião tenha sido abatido por um míssil.
Para o presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, é deplorável a morte de tantas pessoas num episódio violento de conflito internacional. Ele destacou a perda de um grande número de profissionais que poderiam contribuir, de forma decisiva, para o avanço das pesquisas no campo da Aids. “É uma enorme perda para a comunidade científica. Além de ativistas e membros de ONGs que contribuem na luta contra a Aids, também estavam no voo cientistas que vinham desenvolvendo trabalhos científicos de grande relevância para a Humanidade”.
Um dos cientistas que estavam no voo era Joep Lange, que presidiu a Sociedade Internacional de Aids, entre 2002 e 2004, e vinha atuando como diretor do Departamento de Saúde do Centro Acadêmico de Medicina da Universidade de Amsterdã. Recentemente, o pesquisador divulgou um estudo que demonstra, pela primeira vez, como um composto probiótico poderia atuar no vírus HIV. Lange também criou uma fundação sem fins lucrativos com o objetivo de melhorar o acesso a medicamentos e tratamentos da Aids em países pobres.
O Itamaraty confirmou que não havia brasileiros a bordo da aeronave.