Notícia publicada em:
O líder do projeto Genoma Humano e diretor do Instituto Nacional de Saúde (NIH, sigla em inglês), Francis Collins, visitou a Fiocruz nesta sexta-feira (23/5) e proferiu uma palestra sobre os avanços científicos conduzidos pelo instituto. Com o auditório lotado, Collins apresentou a história do surgimento do instituto, as pesquisas atuais e os campos de atuação, a distribuição das unidades no território americano, bem como as parcerias firmadas com outros países. “O Brasil é o principal parceiro do NHI na América Latina”, destacou.
O pesquisador elencou os pontos que, segundo ele, são as maiores oportunidades de parcerias com as instituições brasileiras: a aplicação de conhecimentos e tecnologias de ponta para melhorar a compreensão da biologia e da doença, a transformação da ciência translacional em novos tratamentos e curas de doenças que possam chegar aos pacientes de maneira mais rápida, a melhoria dos cuidados de saúde através da ciência, além do foco nítido na saúde global e da revigorarão da comunidade de pesquisa biomédica.
Collins também apresentou o mais novo projeto do NHI, a Iniciativa Brain, cujo objetivo é fazer pesquisas com inovações avançadas em neurotecnologia para “entender” o comportamento do cérebro humano perante as doenças. “Com esse projeto, pretendemos catalisar a geração de métodos e tecnologias inovadoras que vão reforçar o desenvolvimento, o teste e a implementação de diagnóstico e tratamento terapêutico para uma ampla gama de doenças e condições humanas”, explicou.
Logo após a palestra, Collins e o presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, assinaram uma carta de intenções de cooperação entre as duas instituições. A parceria terá como foco o desenvolvimento de sistemas de saúde; melhorias da promoção, prevenção, controle e tratamento de doenças infecciosas e parasitárias; e enfermidades não transmissíveis. A cooperação ainda inclui a gestão da investigação básica, clínica e translacional, cobrindo os determinantes sociais da saúde, saúde infantil, saúde ambiental, genética e genômica, neurociência, bioinformática, economia da saúde, governança de serviços de saúde e avanço de medidas de saúde, colaborando, assim, para o desenvolvimento sustentável global.
Na ocasião, Gadelha confirmou o interesse estrangeiro pelas instituições brasileiras no âmbito da saúde. “O Brasil tem hoje um peso enorme tanto pelo avanço da produção científica como também pela forma como esse avanço está direcionado a resultados para a população. E o Brasil, pelo próprio peso da geopolítica mundial, é atualmente um parceiro significativo para se pensar a saúde global”, afirmou.
Por: Agência Fiocruz de Notícias.