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Divulgada a cada cinco anos, a publicação Saúde nas Américas, da OPAS, traz os principais avanços e desafios para a saúde na Região das Américas
A publicação “Saúde nas Américas”, da Organização Pan-Americana da Saúde, foi lançada no dia 18 de outubro, durante a Mesa redonda “Evidências epidemiológicas e a Vigilância em Saúde” na 12ª ExpoEpi, em Brasília (DF, Brasil). Na ocasião, Dr Marcos Antonio Espinal Fuentes (Gerente de Vigilância da Saúde e Prevenção e Controle de Doenças da OPAS-WDC) informou que se trata de importante publicação da OPAS/OMS, divulgada a cada cinco anos, com o objetivo de discutir os principais avanços e desafios para o setor saúde na Região das Américas.
A ExpoEpi – Mostra Nacional de Experiências Bem-Sucedidas em Epidemiologia, Prevenção e Controle de Doenças – é um evento anual do Ministério da Saúde. Neste ano, a 12a ExpoEpi contou com a participação de cerca de 3,5 mil participantes, entre profissionais de saúde vinculados ao Sistema Único de Saúde do Brasil, acadêmicos e pesquisadores nacionais e internacionais de destaque nessa temática. O lançamento do “Saúde nas Américas” nesse evento teve grande simbolismo, uma vez que a sua editoração para a língua portuguesa contou com o apoio da cooperação técnica do Ministério da Saúde e da OPAS no Brasil.
As análises contidas nessa publicação abordam os contextos políticos, econômicos e sociais, e resumem a situação de saúde dos países e territórios da Região das Américas. A magnitude, as tendências temporais e as desigualdades entre grupos sociais distintos dos principais indicadores de saúde são analisadas criticamente; assim como são discutidas as respostas organizadas do setor saúde em nossa Região.
Essa publicação favorece aos profissionais de saúde, aos tomadores de decisão e à sociedade em geral uma ampla reflexão sobre os desafios apresentados para o setor saúde dos países e territórios e fomenta o debate sobre os possíveis caminhos para o seu enfrentamento. A intenção é a de promover um debate informado e crítico sobre a situação de saúde na Região das Américas.
A publicação encontra-se disponível em português, inglês e espanhol. Clique aqui para ter acesso.
Como achados relevantes, podemos destacar:
Região das Américas é hoje a mais urbanizada do mundo, e a pobreza tem reduzido de maneira importante (de 41% em 1990 para 29% em 2007). Porém, nessa região, ainda 127 milhões de pessoas vivem nessas condições.
Entre 2005 e 2010, a taxa de fecundidade caiu de 2,3 para 2,1 filhos por mulher, e a esperança de vida aumentou de 74,8 para 76,2 anos em média.
Enormes avanços foram observados quanto à redução das doenças infecciosas, em especial às doenças imunopreveníveis: estima-se que 174 mil mortes infantis são evitadas a cada ano devido a essas medidas.
Apesar de avanços em alguns países, desafios importantes persistem na região quanto a tuberculose (com prevalência de 38 casos por 100 mil habitantes em 2009 na América Latina e Caribe), a malária (endêmica em 21 países) e a dengue (com picos epidêmicos a cada cinco anos).
Progressivamente as doenças crônicas não transmissíveis tem se destacado: 250 milhões de pessoas sofrem devido a alguma dessas doenças e 3,9 milhões de pessoas morreram, em 2007, devido a essas causas.
O grupo das causas externas é um problema crescente na região, especialmente entre homens, com taxa de mortalidade de 237,8 por 100 mil homens, em 2007.
Ainda que desafios importantes persistam para a ampliação da cobertura integral dos serviços e na melhoria da qualidade da atenção à saúde, durante os últimos anos os países e territórios da Região das Américas progrediram marcadamente na universalização dos sistemas de saúde, no fortalecimento da atenção primária e na reafirmação do direito à saúde.
Fonte: OPAS/OMS