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Em visita à sede da Fiocruz, pesquisadores apresentaram o Nethis e conheceram parte das atividades do Centro de Relações Internacionais em Saúde
Os pesquisadores do Núcleo de Estudos sobre Bioética e Diplomacia em Saúde (Nethis) estiveram em 12 de setembro com a equipe do Centro de Relações Internacionais em Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (Cris/Fiocruz), no Rio de Janeiro. A Fiocruz é uma das instituições fundadoras do Nethis, por meio do Cris.
“Estou surpreso com tantas atividades, eu não imaginava que vocês faziam tanta coisa. Achava que se resumia aos Ciclos de Debates”, disse José Roberto Ferreira, coordenador do Cris. “Nosso desafio, como em tantas áreas da Fiocruz, é conseguir mais integração”, pontuou. Na reunião, pesquisadores e gestores de cooperações do Cris que atuam com a África, países do norte, países da América do Sul e Haiti se apresentaram.
O coordenador do Nethis, José Paranaguá, explicou que o Núcleo está concentrado em seis eixos de atuação: realização dos Ciclos de Debates sobre Bioética, Diplomacia e Saúde Pública; consolidação da Biblioteca Virtual – Bioética e Diplomacia em Saúde; participação em congressos e eventos científicos; portal de divulgação das atividades e pesquisas do Nethis; promoção de investigações e publicações; e redes colaborativas de intercâmbio de conhecimento.
José Roberto Ferreira (Cris) e José Paranaguá (Nethis). Foto: Cecília Lopes.
“Planejamos ampliar atividades conjuntas com a Cátedra UNESCO/PPG em Bioética e com o Instituto de Relações Internacionais da UnB. Oferecemos no início do ano um Curso de Verão com a Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo e pensamos em repetir o feito para o próximo ano, como um curso de verão da Escola de Governo em Saúde da Fiocruz/Brasíulia. Esse é o escopo de trabalho do Nethis”, apresentou Paranaguá.
COOPERAÇÃO SUL-SUL – José Roberto Ferreira produziu cerca de 140 trabalhos sobre temas relacionados à saúde, entre eles sobre a cooperação e assistência técnica internacional da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS). Atentos, os pesquisadores do Nethis tiveram uma aula sobre o conceito de cooperação sul-sul e as características das cooperações. “Sabemos que décadas antes da Declaração de Paris (2005) já se falava que os países do sul poderiam se ajudar mutuamente. Isso não é uma novidade. É um processo que vem se consolidando ao longo dos anos”, disse Ferreira.
Paranaguá ressaltou que Ferreira foi um dos primeiros autores a escrever sobre cooperação sul-sul. Luiz Eduardo Fonseca, assessor internacional para África, explicou que o governo Lula impulsionou a cooperação com a África. “Passou a compor a agenda política e a ter aporte financeiro.”
Esq. para dir. Alejandra Roa (Nethis), Luiz Eduardo Fonseca (Cris), Roberta Santos (Nethis), Thiago Cunha (Nethis), Samira Santana (Nethis), José Roberto Ferreira (Cris), José Paranaguá (Nethis), Rejane Cruz (Nethis), Susana Damasceno (Nethis), Neilia (Nethis), Cecília Lopes (Nethis), Rafael Schleicher (Nethis) e Felipe Baptista (Nethis).
Ferreira também falou sobre a principal característica da cooperação norte-sul ou cooperação verticalizada, em que os doadores são os Estados Unidos, países da Europa e Ásia. “Eles que determinam o que é importante para o país receptor”. Já a cooperação estruturante ou cooperação dos países do hemisfério sul se baseia em decidir uma agenda de prioridades em função das necessidades dos países.