Países devem buscar formas inovadoras para financiar o combate às doenças negligenciadas

Notícia publicada em:

  • 8 de Março de 2021
O diretor do Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde da Fiocruz, Carlos Morel, debaterá as estratégias que podem ser adotadas para a redução de um dos maiores problemas de saúde do mundo na sessão de abertura XI Ciclo de Debates: Doenças Negligenciadas

Garantir o amplo acesso à prevenção, a tratamentos e a vacinas não é um preocupação exclusiva para a covid-19. As doenças negligenciadas afetam cerca de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), com graves consequências socioeconômicas aos países. A busca por sistemas inovadores de financiamento para o combate dessas enfermidades é defendida pelo pesquisador da Fiocruz Carlos Morel, um dos palestrantes da sessão de abertura do XI Ciclo de Debates: Doenças Negligenciadas, que acontece no dia 18 de março, às 14h.

Acompanhe ao vivo o debate no canal do Nethis no YouTube. Inscreva-se no canal e receba a notificação sobre o início da sessão.

De acordo com Morel, o tratamento de algumas doenças negligenciadas pode significar um custo muito elevado. É o caso, por exemplo, das terapias combinadas para a malária e os regimes de combate à tuberculose resistente a medicamentos de primeira linha. “Uma das possíveis estratégias para prover esses tratamentos é a criação de sistemas inovadores de financiamento, como foi o caso da CPMF – a Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeira – estabelecida na década de 1990, que gerou receita à saúde por vários anos e ajudou a entregar antirretrovirais a milhares de brasileiros”.

Também participa da sessão de abertura do XI Ciclo de Debates a vice-diretora-geral da OMS, Mariângela Simão, responsável pela área de Acesso a Medicamentos, Vacinas e Produtos Farmacêuticos. A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade, coordenará o debate.

Falhas da saúde

Segundo Morel, o enfrentamento das doenças negligenciadas pode esbarrar no que ele chama de falhas da saúde. “Nós categorizamos essas falhas em três tipos: falhas da ciência, falhas de mercado e falhas de saúde pública.” Para cada uma delas, o pesquisador da Fiocruz sugere diferentes soluções. Quer saber mais? Inscreva-se aqui na sessão de abertura do XI Ciclo de Debates.

Para receber o certificado de participação emitido pela Escola de Governo Fiocruz Brasília, é necessário realizar a inscrição, que é gratuita.

Ciclo de Debates

O XI Ciclo de Debates sobre Bioética, Diplomacia e Saúde Pública é promovido pelo Núcleo de Estudos em Bioética e Diplomacia em Saúde (Nethis/Fiocruz Brasília). A Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAP-DF) apoia a realização das sessões.  Confira aqui a programação dos debates para este semestre.