Inaugurada a primeira sessão do II Ciclo de Debates sobre Bioética, Diplomacia e Saúde Pública 2012

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  • 3 de Abril de 2012

A sessão inaugural do II Ciclo de Debates sobre Bioética, Diplomacia e Saúde Pública 2012 foi realizada no dia 29 de março, na sede da Fiocruz em Brasília, com o lançamento do Relatório Anual de Atividades NETHIS 2011 em sua abertura.

O Relatório apresenta um resumo das realizações nos dois primeiros anos de funcionamento do NETHIS e visa contribuir para sua consolidação no âmbito das instituições fundadoras.

Os passos mais importantes nesse sentido foram dados com a implantação do Núcleo na sede da Fiocruz em Brasília e o desenvolvimento de projetos estruturantes da cooperação permanente com a UnB e a Representação da OPAS/OMS no Brasil. O documento também destacou que foram iniciados projetos em conjunto com entidades associativas, como a Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (Abrasco), a Sociedade Brasileira de Bioética (SBB) e a Associação Brasileira de Relações Internacionais (ABRI), bem como instituições de pesquisa e pós-gradução nas áreas-tema do NETHIS.

Em um segundo momento, o encontro contou com a presença do Professor do Departamento de Saúde Coletiva e do Programa de Pós-Graduação em Bioética da Universidade de Brasília (UnB) e Presidente da Sociedade Brasileira de Bioética, Cláudio Lorenzo, palestrante do tema “A Bioética e os desafios da interculturalidade para a cooperação sul-sul”.

O Professor Lorenzo destacou como promover a cooperação entre países por meio da construção coletiva e do respeito à cultura e a tradição de uma nação. Para identificar aspectos importantes que refletem no processo de cooperação entre as nações e a fim de conceituar cutlura, utilizou-se de autores como o sociólogo polonês Zygmunt Bauman, no que se refere aos três universos semânticos que são: cultura como conceito hierárquico; cultura como diferenciação; conceitos genéricos de cultura. Aparecem também em sua fala, pensadores latinos que trabalham com os reflexos do colonialismo no mundo pós-moderno, como o argentino Enrique Dussel e o peruano Anibal Quijano.

Esses aportes permitiram uma reflexão crítica sobre os processos de cooperação em contextos de diversidade e diferenças culturais em três campos da Bioética: ética da pesquisa em seres humanos; bioética clínica; e ética da gestão em saúde.

O relatório desta sessão e das demais estão disponíveis em Relatórios dos Ciclos de Debates