Secretaria de Direitos Humanos criará GT para debater problemas na saúde

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  • 13 de Março de 2013

Grupo de Trabalho será instituído no âmbito do Conselho Nacional de Direitos Humanos, que já tem encontro previsto para o dia 24 de abril

A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República criará um grupo de trabalho para debater os principais problemas de saúde no país. O pedido foi feito por representantes das entidades médicas nacionais – Conselho Federal de Medicina (CFM), Associação Médica Brasileira (AMB) e Federação Nacional dos Médicos (Fenam).

A ministra Maria do Rosário admitiu a importância de se levar a discussão da saúde para a pauta dos Direitos Humanos. “Reconhecemos que a saúde é questão urgente. Precisamos juntos formar um rol de propostas e trabalhar junto ao Ministério da Saúde”.

Representando o CFM no encontro, a presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (CREMERJ), Márcia Rosa, destacou a situação insustentável das emergências e do financiamento do setor. “Preocupa-nos a degradação que vem sofrendo o Sistema Único de Saúde inclusive com gestões feitas por meio de OSs, Oscips e pela EBSERH nos hospitais e universidades federais. Estamos em uma encruzilhada e o desfinanciamento do setor deve ser tratado com prioridade pelo governo. Foi um equívoco a presidenta da República se reunir com representantes das operadoras solicitando planos mais baratos para as classes C e D. Deveria sim, fortalecer o financiamento do SUS. Planos mais baratos não dão aos usuários acesso aos serviços e ainda pagam valores irrisórios aos médicos.”

Os representantes das entidades explanaram a difícil realidade da saúde encontrada em todos os estados brasileiros. Como é o caso da superlotação denunciada pelo Cremerj no início de fevereiro que detectou doentes em macas improvisadas nos corredores da Emergência. Saiba mais.

O GT será criado no âmbito do Conselho Nacional de Direitos Humanos, que já tem encontro previsto para o dia 24 de abril.  O novo grupo reunirá representante das entidades médicas e do Ministério da Saúde, além de representantes de sociedades civis e outras profissões da saúde.