Coordenador do Nethis representa Fiocruz em simulação da ONU

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  • 31 de Julho de 2013

Cooperação internacional foi destaque nos discursos de abertura da “mini ONU”

A Fiocruz Brasília sedia até 2 de agosto o 16º Americas Model United Nations (Amun) – simulação da Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) realizada por estudantes de Relações Internacionais da Universidade de Brasília (UnB) e de outras universidades. Durante a cerimônia de abertura, o coordenador do Núcleo de Estudos sobre Bioética e Diplomacia em Saúde (Nethis), José Paranaguá, falou sobre a atuação da Fiocruz em projetos de cooperação internacional. A abertura foi realizada na última segunda-feira, 29 de julho, no auditório da Câmara Legislativa do Distrito Federal.

“A Fiocruz aplica a diplomacia da saúde para as principais negociações internacionais do Brasil, principalmente de cooperação Sul-Sul. Implementar esses projetos requerem profissionais da saúde pública e de relações internacionais bem treinados e familiarizados com os novos conceitos e boas práticas”, disse Paranaguá.

Paranaguá ressaltou que, na última edição do Amun, em 2012, também sediado pela Fiocruz, foi realizada uma pesquisa com os participantes para verificar o interesse deles no campo da saúde global. “Verificou-se que além de interessados pelo tema, os alunos consideram a saúde global de grande importância para a compreensão das relações internacionais atualmente”, explicou. Confira mais detalhes da pesquisa aqui.

O diretor do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília (Irel/UnB), Eiiti Sato, que acompanha as simulações desde a primeira edição, também ressaltou os aspectos fundamentais da cooperação. “Para nós, a cooperação internacional não pode ser vista como um processo que se restringe às conversas oficiais entre diplomatas, ministros e chefes de Estado. Cooperação exige determinação e sabedoria para encontrar o equilíbrio adequado entre as necessidades de curto prazo e objetivos de longo prazo. Essas são qualidades que devem ser desenvolvidas por meio da educação. Iniciativas como Amun são fundamentais para este processo formar lideranças construtivas”, estimulou o diretor.


Professor Sato (UnB), o presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal, deputado Wasny de Roure (PT/DF), o secretário-geral do Amun e o estudante de Relações Internacionais da UnB Márcio Nascimento e Paranaguá (Nethis/Fiocruz). (Foto: Divulgação Amun).

O secretário-geral do Amun, estudante de Relações Internacionais da UnB Márcio Nascimento, fez um apanhado sobre as atividades desenvolvidas pelo Amun, como o Amun Kids, projeto de educação inclusiva com 250 crianças de uma escola em Ceilândia, com objetivo de torná-los futuros agentes de mudança em suas comunidades. “Educação inclusiva tem tudo a ver com o 16º Amun, pois vamos lançar o nosso olhar sobre as instituições, o núcleo do funcionamento da sociedade, a fim de tentar promover mais inclusão”, disse.

Ele afirmou que por meio da igualdade de oportunidades de acesso às instituições, os indivíduos têm a possibilidade de buscar a realização pessoal, um motor que produz o desenvolvimento justo e sustentável da sociedade. “Em vez de proporcionar meios para o sucesso da sociedade, as instituições são geralmente insuficientes, ineficientes ou simplesmente nocivas para a maioria dos indivíduos”.

Sob o tema “Instituições em Busca de Equidade”, o 16º Amun está dedicado em inventar novas fórmulas para melhorar as instituições e abrir caminho para a busca da igualdade.

Ministro das Relações Exteriores fará palestra na Fiocruz Brasília

Na quinta-feira, 1º de agosto, a Fiocruz Brasília e o Amun recebem o ministro de Relações Exteriores, embaixador Antonio Patriota, que ministrará uma palestra a partir das 12 horas.

Conheça mais sobre o Amun aqui.